NOSSO SONHO E MEU NOME É GAL: ÍDOLOS NOS CINEMAS COM JUAN PAIVA E SOPHIE CHARLOTTE.
A cinebiografia é um gênero de cinema que já faz sucesso há muito tempo lá fora e que vem sendo cada vez mais produzido aqui no Brasil. Só nos próximos meses, chegarão ao circuitão “Nosso Sonho”, que conta a trajetória de Claudinho e Buchecha, vividos por Lucas Penteado e Juan Paiva; “Meu Nome é Gal”, que traz Sophie Charlotte encarnando essa diva da MPB; e “Mussum, o Filmis”, com Ailton Graça vivendo o eterno Trapalhão. Aliás, Ailton ganhou um dos seis Kikitos, o de Melhor Ator, que o longa dirigido por Silvio Guindane arrebatou na última edição do Festival de Gramado. Os outros foram os de Melhor Filme, Trilha Sonora, Atriz Coadjuvante (Neusa Borges), Ator Coadjuvante (Yuri Marçal) e o prêmio do Júri Popular.
A vida dos outros
Intérpretes precisam encarar vários desafios em suas preparações para dar vida a personalidades e, ao mesmo tempo, agradar aos fãs de quem está sendo retratado. Tendo ou não semelhança física com os ídolos biografados, esses artistas capricharam nas caracterizações e atraíram a atenção do público, da crítica e do mercado. Daniel de Oliveira, por exemplo, se consagrou em “Cazuza – O Tempo Não Para”. E vários grandes astros e estrelas arrasaram nas telonas, ajudando a contar histórias reais: Lázaro Ramos (“Madame Satã”), Deborah Secco (“Bruna Surfistinha”), Andréa Beltrão (“Hebe – A Estrela do Brasil”), Rodrigo Santoro (“Heleno”), Eduardo Sterblitch e Stepan Nercessian (“Chacrinha: O Velho Guerreiro”), Seu Jorge (“Marighella” e “Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”) e por aí vai… O segredo do sucesso é homenagear sem fazer paródia nem caricatura. É traduzir com a maior fidelidade possível um jeito de falar, agir e existir.
TRAZ A PIPOCA PODCAST
Sophie Charlotte e Juan Paiva foram convidados do novo episódio do Podcast Traz a Pipoca confira quais foram os maiores desafios nas caracterizações de dois grandes ídolos nas telonas no episódio 8.
OS CULTUADOS HERÓIS CASCUDOS COMO VOCÊ NUNCA VIU (NEM OUVIU)
As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
Seth Rogen, astro de comédias como “Ligeiramente Grávidos” e “Superbad: É Hoje”, foi um dos roteiristas, produziu e dublou o personagem Bebop nessa nova versão dos cultuados heróis cascudos que vivem nos esgotos de Nova York. Você já deve ter visto alguma das encarnações anteriores das Tartarugas Ninja, mas nenhuma como essa.
Com ação vertiginosa, humor alucinante e um visual estilizado que lembra a ousadia gráfica de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” reconta brevemente a história de origem das tartaruguinhas que entraram em contato com uma gosma tóxica produzida em laboratório e sofreram mutações que as transformaram em criaturas com habilidades especiais, como falar, andar de skate, praticar artes marciais e comer pizza.
Aceitação do diferente
Nessa animação espertíssima, existe espaço para temas como aceitação do diferente e preconceito, já que heróis e vilões comungam das mesmas dores. Todos são marginalizados como se fossem monstros, aberrações, sendo que as tartarugas querem conquistar o coração das pessoas, fazer parte do mundo delas. Já seus antagonistas desejam acabar com a humanidade e erguer outro tipo de civilização, em que moscas, baratas e outros animais mutantes possam viver tranquilamente, sem correr o risco de serem atacados e destruídos.
Mas tudo isso é narrado de forma leve, ágil, com direito a uma trilha sonora insana e a divertidíssimas citações de ícones da cultura pop.
Dinâmica garantida
Seth Rogen fez questão de que, pela primeira vez, as tartarugas ninja, que são adolescentes, fossem dubladas por atores nessa faixa etária. E, o que é raríssimo, em várias sessões de dublagem, eles gravaram ao mesmo tempo, o que garantiu a dinâmica e o calor dos improvisos entre Micah Abbey (Donatello), Shamon Brown Jr. (Michelangelo), Nicolas Cantu (Leonardo) e Brady Noon (Raphael).
Além de Rogen, o timaço de dubladores da versão original conta com os gogós talentosos de Jackie Chan, John Cena, Paul Rudd, Ice Cube, Giancarlo Esposito, Rose Byrne, Maya Rudolph e Post Malone.
“As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” é um programão e tem uma cena pós-crédito que deixa claro que vem aí uma continuação.
PRÓXIMAS ESTREIAS NO CINEMA
A RECUPERAÇÃO DOS CINEMAS PÓS-PANDEMIA
Que 2023 é o ano das grandes estreias e do lançamento de filmes tão esperados pelo público todo mundo já sabe, né? Só nos primeiros dias de exibição, o longa sobre a patricinha do mundo cor-de-rosa e a produção que conta a história do criador da polêmica bomba atômica (“Oppenheimer”) faturaram mais de US$ 511 milhões na bilheteria mundial, segundo o Valor Econômico. E tem mais notícias boas por aí. O primeiro semestre de 2023 fez bonito e ultrapassou os números de 2022. E não foi só isso. Superou também, em cerca de 5%, os resultados da América do Norte.
Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, o Brasil vendeu 25% a mais de ingressos e teve um aumento de 26,4% de bilheteria este ano. Segundo a Ancine, os títulos que mais lotaram as salas escuras até o momento são “Barbie”, “Super Mario Bros. – O Filme”, “Velozes e Furiosos 10” e “Gato de Botas 2: O Último Pedido”. Mas, apesar dos resultados satisfatórios, a indústria ainda tem um grande percurso para voltar aos números de 2019, no qual o setor bombou e bateu recorde de espectadores. (Caso o texto esteja muito longo, podemos finalizá-lo aqui e seguirmos pro Dupla Telecine)
Algumas exibições decepcionaram no faturamento e tiveram uma bilheteria bem tímida, que foi o caso de “The Flash”, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” e “Mansão Mal-Assombrada”. Isso também é consequência da mudança de hábitos de consumo causada pela pandemia do coronavírus, que fortaleceu os streamings, e do aumento dos valores dos ingressos e das produções dos filmes. A sétima arte ainda tem um grande desafio pela frente, mas, aos poucos, o cinema recupera sua força e magia.
Dupla Telecine
Os ingressos dos cinemas estão mais caros, mas os assinantes Telecine não precisam se preocupar com isso. Sabe por quê? Porque a Dupla Telecine é a nossa parceria com o Kinoplex que te dá ingresso em dobro pra você curtir um cineminha muito bem acompanhado. É isso aí. Clique no link e saiba mais!
HOLLYWOOD EM GREVE
A greve que já dura mais de cem dias segue firme e forte. Enquanto os estúdios não chegam a um acordo com o Sindicato dos Roteiristas (WGA) e com o Sindicato dos Atores (SAG), as produções já sentem o baque desse hiato. Os títulos “Duna: Parte 2”, “Os Caça-Fantasmas” e “Kraven – O Caçador” tiveram suas estreias adiadas pro ano que vem. Já “Avatar 3”, que seria lançado em 2024, só chega às salas escuras em 2025.
Nada de divulgações
Além da pausa nos trabalhos, os atores não podem promover nenhum filme nas mídias nem eventos. Exemplo disso foi a première de “Oppenheimer”, na qual o elenco abandonou o local em apoio à greve. E o adiamento, pro ano que vem, da 75a edição do Emmy Awards, principal premiação de filmes e séries de Hollywood. É claro que essa falta de produção e divulgação trouxe uma perda enorme pros estúdios, né? A Warner Bros. disse que seu prejuízo pode chegar a US$ 500 milhões. Na Califórnia, o rombo ultrapassa os US$ 3 bilhões.
Máquinas vs. Humanos
Essa guerra é antiga e bem conhecida em Hollywood. No entanto, agora ela se passa no mundo real. Uma das principais queixas dos artistas é a falta de segurança e de regulamentação do uso da inteligência artificial (IA). O recurso, além de ser utilizado para escrever roteiros de filmes e séries, vem sendo uma opção para reproduzir imagens artificiais dos atores e, assim, reduzir os custos com o elenco. Ou seja, quanto mais IA, menor a necessidade de trabalho humano. Outras queixas são a criação de novas regras para o pagamento de residuais, melhores condições de trabalho e salários.