O PODER FEMININO NA COMÉDIA NACIONAL
Você já deve ter percebido que as mulheres estão vindo com tudo na comédia nacional, né? “De Pernas pro Ar”, “Minha Vida em Marte” e “Tô Ryca!” são títulos que mostram a força do protagonismo feminino e que elas vieram para ficar. Seja com o humor frenético de Tatá Werneck, o crítico de Ingrid Guimarães ou o ácido de Mônica Martelli, a mulherada tem conquistado seu espaço no gênero ainda dominado pelos homens, e o público está curtindo essa presença feminina.
Elas escrevem, atuam, dirigem e usam o humor como uma ferramenta de crítica social. Em um bate-papo no podcast Traz a Pipoca, do Telecine, a atriz Ingrid Guimarães disse que a comédia é um meio de dar destaque e voz às mulheres que não atendem aos padrões de beleza nem são certinhas. É uma oportunidade para falar sobre diversos temas – sexualidade, maternidade, sonhos, vida amorosa – por um caminho com o qual a mulherada se identifica e que gosta de assistir. Afinal, o cinema feminino é uma potência do nosso país.
Curtiu o assunto? Então vale conferir o Episódio 14 do nosso podcast Traz a Pipoca onde Ingrid Guimarães conta tudo sobre a carreira e os bastidores de Minha Irmã e Eu no. Dêo play aqui e confira.
DIVA NOS PALCOS E NOS CINEMAS
Depois de um break dos palcos, a nossa kinga Beyoncé voltou com tudo na turnê mundial Renaissance. Para a tristeza dos fãs brasileiros, a cantora não vai se apresentar no país, mas podemos contar com um plano B: a exibição de “Renaissance: A Film by Beyoncé” nos cinemas, que também trará informações de bastidores do processo de construção do álbum.
O filme estreia no Brasil no dia 21 de dezembro e já bateu recorde de bilheteria nos Estados Unidos. Mas vamos combinar que essa não é a primeira vez que Bey arrasa nos cinemas, né? Bora lembrar outros títulos com a nossa musa que também conquistaram o público?
- Dreamgirls – Em Busca de Um Sonho: o filme que rendeu um Oscar® de Melhor Atriz Coadjuvante a Jennifer Hudson traz a trajetória conturbada e inspiradora de três amigas – Beyoncé, Jennifer e Anika Noni Rose – que sonham em chegar ao estrelato.
- A Pantera Cor-de-Rosa: a cantora interpretou Xania, uma pop star mundialmente conhecida, e, se você também adora o hit “Check It On”, fique sabendo que ele está na trilha sonora do título e que os looks e cenários cor-de-rosa do clipe também foram escolhidos em sua homenagem.
- O Rei Leão (live-action): Beyoncé não atuou nesse clássico, mas mostrou seu talento como dubladora ao dar voz a Nala, melhor amiga de Simba.
VEM AÍ NOS CINEMAS
O QUE ACHAMOS DE…
NÃO É UM TSUNAMI, MAS NÃO CHEGA A SER UMA MAROLINHA.
“Aquaman 2: O Reino Perdido” enfrenta bravamente um timing infeliz, já que está sendo lançado em clima de fim de festa, no apagar das luzes do Universo Cinematográfico DC como o conhecemos. Apesar disso, a segunda aventura solo do super-herói submarino entrega o que promete: ação, adrenalina, uma enxurrada de bons efeitos especiais e até uma ou outra citação galhofeira de personagens da Marvel.
A MARÉ VIROU
Arthur Curry, o Aquaman (Jason Momoa), agora é pai de um bebê e vive a rotina enfadonha de um rei. Sua paz, porém, acaba quando um antigo inimigo, David Kane, o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), volta para assombrar seu presente. Ele jurou acabar com a raça de Arthur, porque foi o Aquaman quem matou seu pai. Dessa vez, o perigo é muito maior, porque o Arraia está mais poderoso. Ele encontrou o Tridente Negro, artefato forjado por forças malignas ancestrais que desejam usar o vilão como um meio de escapar de uma prisão milenar para destruir o mundo.
Para derrotar o Arraia Negra, o Aquaman fará o impensável. Vai pedir ajuda ao irmão caçula e arqui-inimigo Orm, o Mestre dos Oceanos vivido por Patrick Wilson, que Arthur derrotou e aprisionou no primeiro filme. A partir daí, a produção ganha em humor ao pôr em ação uma dupla improvável, que detesta estar junto, mas que precisa passar por cima de suas diferenças por uma boa causa.
Aliás, acho que a DC há muito tempo deixou de ser sombria e procurou adotar um tom mais leve e cheio de piadas dos filmes da Marvel. Só que, para isso, já existem os filmes da Marvel. A DC bem que poderia ser um contraponto.
Por exemplo, o tal Reino Perdido, o Necrus, é bem menos apavorante do que se poderia esperar de um filme do diretor James Wan, um dos fundadores das franquias “Jogos Mortais” e “Invocação do Mal”.
PERSONAGENS
Ao mesmo tempo que é interessante conhecer essa outra faceta de Orm, um inimigo que virou aliado, penso que o Arraia Negra, por mais ameaçador que pareça, não ganhou o desenvolvimento que merecia. Então não consegui acreditar muito no tipo de estrago que ele poderia causar.
Nicole Kidman como Atlanna tem seus momentos heroicos, mas nada dignos de seu status de estrela. Já a Mera, de Amber Heard, apesar de toda a polêmica envolvendo seu midiático drama de tribunal da vida real com Johnny Depp, aparece bem na fita, o que nega boatos sobre cortes em sua participação. E Dolph Lundgren como o rei Nereu também cresce nesse filme, fazendo parte da ação.
O FUTURO
Quanto a Jason Momoa, ele é o cara. Momoa realmente reinventou o Aquaman. Vai ser difícil ver outro ator nesse papel. Mas é o que provavelmente vai acontecer, porque rola uma conversa de que o astro pode interpretar o personagem Lobo, na DC Studios, sob a nova gestão
DEPOIS DAS GREVES, DE VOLTA À AÇÃO
Com a retomada das atividades de atores e roteiristas em Hollywood, muitas produções estão tendo que correr para terminar suas gravações e cumprir as novas datas de lançamento. As agendas de astros e estrelas precisaram ser reorganizadas, porque vários projetos tinham sido congelados em estágios diferentes de preparação.
“Deadpool 3” estava na metade. Quanto à “Beetlejuice 2”, só faltavam dois dias de filmagem para concluir a continuação de “Os Fantasmas Se Divertem”. Outros longas que voltaram a todo vapor: “Venom 3” e “Mortal Kombat 2”.
Grande parte das produções programadas só deve retomar ou iniciar seus trabalhos em 2024, como “Superman: Legacy” e “Tron 3”.
Como as paralisações não só mantiveram as gravações em compasso de espera como também impediram a participação dos atores em eventos de imprensa para filmes que já estavam prontos, o que se observa é certo engarrafamento. Por exemplo, Timothée Chalamet, que não pôde promover “Wonka”, vai atrasar o início de seu trabalho para viver Bob Dylan em “A Complete Unknown”, que começará a ser filmado em março. Nesse mesmo mês, o ator terá que estar disponível para divulgar “Duna 2”, com Zendaya e Austin Butler. Já Pedro Pascal só vai poder fazer a segunda temporada de “The Last of Us” depois que terminar de filmar “Gladiador 2”.
Depois de 148 dias de paralisação dos roteiristas e 118 dos atores, levará um tempo até a indústria do entretenimento recuperar o ritmo. Mas todas as reivindicações salariais e de medidas de proteção contra o uso indiscriminado da inteligência artificial foram absolutamente legítimas.