VELOCIDADE, FÚRIA E CLÁSSICOS DA ANIMAÇÃO REVISITADOS EM CARNE E OSSO
Versões em live-action ainda são relevantes?
O novo live-action da Disney deu o que falar. Racismo, a falta de uma vilã queer e de contraste de cor tornaram “A Pequena Sereia” um dos filmes mais polêmicos da marca. Outro ponto são as críticas negativas aos últimos live-actions produzidos pelo estúdio do Mickey. Em meio a tudo isso, surgiu a questão: será que a Disney vai conseguir trazer a mesma emoção que fez Ariel conquistar os fãs em 1989?
A resposta é sim. Pra começar, vamos falar de Halle Bailey, que arrasou ao soltar o vozeirão nas principais músicas do título e entregar toda a doçura, persistência e jovialidade características de Ariel. Sebastião (Daveed Diggs), Linguado (Jacob Tremblay) e Sabidão (Awkwafina) também contribuíram para o tom cômico de toda essa aventura.
“Under the sea… under the sea…”
Se é cor que vocês querem, é cor que terão. Os tentáculos azuis fluorescentes da vilã Úrsula (Melissa McCarthy) deram toda uma vida e pompa à personagem. Melissa, diga-se de passagem, mandou muito bem na atuação. A reformulação da imagem da mulher que se anula por um homem para a da jovem que luta e quebra padrões para seguir seus sonhos foi outro acerto. Mas, como nem tudo são flores, precisamos criticar a falta de novidade no roteiro, a ausência de contraste de cor nas primeiras cenas subaquáticas e de personagens marinhos expressivos e divertidos. Apesar das falhas, “A Pequena Sereia” já é considerado o melhor live-action da Disney pela crítica.
Quer saber mais sobre “A Pequena Sereia”? Então vem dar play no “Traz a Pipoca”, o novo podcast do Telecine.
O QUE VEM POR AÍ EM JUNHO
VALE A PIPOCA? CANTANDO OS PNEUS NO COMEÇO DO FIM
Toda saga tem que terminar, mas “Velozes e Furiosos” mostra que ainda está com o tanque cheio pra queimar muito asfalto no décimo filme da franquia. Os fãs vão encontrar tudo o que esperam desse espetáculo sobre rodas em “Fast 10”. As sequências de ação continuam mirabolantes, realmente inacreditáveis. Só vou citar aquela em que uma bomba no formato de uma esfera de metal que pesa toneladas sai quicando pelas ruas históricas de Roma.
Os atores estão se divertindo cada vez mais nesse grande faz de conta em que ninguém se leva a sério. Jason Momoa, que vive o novo vilão, parece ser o que mais se diverte na festa.
Conexão com o quinto “Velozes”
O intérprete do Aquaman é Dante, filho de Hernan Reis (Joaquim de Almeida), o bandidão de “Velozes & Furiosos 5 – Operação Rio”, que foi morto por Dominic Toretto (Vin Diesel) e companhia. Dante passou todos esses anos planejando vingança e ataca o protagonista em seu ponto mais fraco: a família. O conflito vira uma guerra, e os vários personagens terão que escolher de que lado vão ficar. Alguns ex-inimigos, por exemplo, vão se tornar aliados.
Outros novatos na saga
A capitã Marvel Brie Larson faz Tess, agente rebelde que é filha do Mr. Nobody (Kurt Russell) e joga no time de Toretto. Ela segue diretrizes contrárias às de Aimes, personagem de Alan Ritchson, o Jack Reacher da série. Aimes é o novo diretor da misteriosa agência que já foi comandada por Mr. Nobody e não está entre os simpatizantes de nossos queridos anti-heróis. A veterana Rita Moreno, de “West Side Story”, é a avó de Toretto, a matriarca da família.
Elenco oscarizado
Com a entrada de Rita Moreno, temos quatro atrizes premiadas com o Oscar® no elenco de “Velozes”. Rita ganhou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante pela versão original de “West Side Story”, enquanto faturaram Oscars® de Melhor Atriz Brie Larson (“O Quarto de Jack”), Charlize Theron (“Monster: Desejo Assassino”) e Helen Mirren (“A Rainha”).
Ainda tem muito chão pela frente
“Velozes e Furiosos 10” não é o fim da saga. O longa termina com um gancho poderoso, como nos antigos seriados de aventura, e explora muito bem sua vasta galeria de personagens pra fazer com que muitas crises precisem ser domadas em várias partes do mundo. O que não falta é assunto, com direito a algumas surpresas no melhor estilo “a volta dos que não foram”.
Mais Velozes e Furiosos
Se quiser saber mais sobre uma das franquias mais poderosas do cinema, dê uma conferida no podcast do Telecine “Traz a Pipoca”, que tem uma edição toda dedicada a “Velozes e Furiosos”.
PEDRO É POP
Pedro Pascal, ou melhor, José Pedro Balmaceda Pascal é o chileno mais hollywoodiano que se pode imaginar. Ele tem brilhado em todas as telas, mas começou a chamar atenção como o Oberyn Martell, de “Game of Thrones”. Mais tarde, roubou cenas na série “Narcos”, na pele de Javier Peña. No cinema, teve destaque em produções tão diferentes quanto o épico “A Grande Muralha” e o eletrizante e engraçado “Kingsman: O Círculo Dourado”. Aí Pascal foi fazer vilões instigantes em “O Protetor 2”, em que encarou Denzel Washington, e em “Mulher-Maravilha 1984”, além de encarnar o fã número 1 de Nicolas Cage em “O Peso do Talento”.
Pascal é protagonista de duas das séries mais populares da atualidade: “The Mandalorian” e “The Last of Us”.
Entre seus próximos projetos estão um western em curta-metragem, de Pedro Almodóvar, em que divide a cena com Ethan Hawke, e o aguardadíssimo “Gladiador 2”. Sim, é a continuação do clássico do gênero “espada e sandália” dirigido pelo mesmo Ridley Scott do original.
Mas, acima de tudo, Pedro Pascal parece ser o sujeito mais legal do mundo. Queria tomar um chope com esse cara.
ABRE ASPAS
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